sábado, 10 de setembro de 2016

Questões corriqueiras no trabalho de artesão

Hoje trago algumas questões corriqueiras no trabalho de artesão.


Bom, eu faço artesanato há alguns anos e algumas vezes  senti menosprezarem esta profissão, regulamentada por lei, inclusive.
Sou formada em Artes Visuais e DEOZOLIVRE confundirem um dos meus colegas com artesãos.... Era e é quase um xingamento no meio acadêmico.
Existem diferenças entre artesanato e arte e são bem evidentes, o mesmo acontece  entre a moda e a arte. Mas moda, né amigos, é moda! E eu amo muito também! hahaha
Mas é no fazer artesanal que nasceu o meu trabalho. E gostaria de pontuar uma questão que vem me incomodando há algum tempo já... A questão do valor do artesanato.
Vocês certamente já ouviram algum estilista valorizar as suas criações por terem alguns detalhes feitos à mão, artesanalmente. E vocês já verificaram o quanto isto agrega valor à peça? Valor e preço.
Aí, meus caros, chego na questão valor X preço.
Valor pode ser mensurado pela bagagem de conhecimento, pesquisas, trabalho que a peça carrega. O preço é o resultado disso tudo, sendo justo para a pessoa que produz e para quem consome.
Outra questão é o desconto.
Muitos clientes me procuram para desenvolver alguma peça e no final da negociação me pedem desconto ou perguntam se levarem mais de uma peça tem um diferencial no valor. Aí eu fico me questionando: a pessoa realmente sabe o que está consumindo? Ela realmente reconhece a diferença entre uma produção em massa e  um trabalho artesanal?
Podemos produzir MIL peças com o mesmo molde, mas NENHUMA ficará igual a outra. Por quê?
Por simplesmente CRIARMOS uma peça de cada vez, com o mesmo grau de dedicação, carinho e amor.

Quanto eu cobro nas minhas peças? Um valor justo. E digo valor, pois procuro desenvolver peças que levam conhecimento e história às pessoas, fruto de pesquisas e de um trabalho minucioso. Justo pra mim e justo para quem consome. 
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